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terça-feira, 15 de abril de 2008

Tiques...


Um jovem dirigente sindical participou no passado dia 28 Janeiro no programa de televisão "prós e contras" a propósito da situação do País, nesse programa falou da sua situação económica e do facto de a sua empresa não dar aumentos há 3 anos.
A administração da Cerâmica Torreense decidiu abrir um processo disciplinar com vista ao despedimento deste jovem por... ter participado no programa!?!
Independentemente do facto de o processo para despedimento não passar em nenhum tribunal, o verdadeiro problema está no facto de uns quantos senhores se acharem no direito de tentar censurar aquilo que se pode dizer ou não! Noutros tempos de má memória seriam os senhores do "Lápis azul". Hoje são uns quantos que com maiores ou menores ligações ao Governo PS/Sócrates do País, sentem-se à vontade para expressar os seus tiques fascistas!


segunda-feira, 7 de abril de 2008

"Estrela da tarde"

"Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto."

José Carlos Ary dos Santos

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O banquete do abutre

Porquê?
Não tiveste direito a crescer...
Terás sentido as primeiras bicadas do abutre a rasgar-te a pouca carne que tinhas?
E terás gritado?
Qual seria o teu nome?
Gostava de saber...
Onde estariam os administradores do Banco Mundial, os tipos da ONU e os donos de bancos e empresas no mesmo momento em que a foto foi tirada?
A contarem os seus lucros?
A prepararem-se para algum banquete, como o abutre que está atrás de ti?
E será que lhes passou algum arrepio na espinha quando o abutre deu a primeira bicada?
Quantos mais como tu acabarão assim?
Mas descansa que um dia aqueles que permitem que te aconteça o que te aconteceu irão pagar...