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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Eu gostaria de saber pintar" 8


Pintura de Álvaro Cunhal, dos projectos "Eu gostaria de saber pintar", projecto 8.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Barack Obama e o prémio Nobel da Guerra em nome da Paz

Hoje recebeu o prémio Nobel da Paz, Barack Obama, Presidente dos EUA, na declaração que fez no momento de receber o prémio disse qualquer coisa parecida com: às vezes é preciso fazer a guerra para conseguir a Paz.
Há uns anos atrás outro Nobel da Paz, Mahatma Gadhi, disse "Não existe um caminho para a Paz, a Paz é o caminho!"
A diferença entre os dois é clara! As declarações de Obama são bélicas, enquanto as de Gandhi são de um pacifista.
As declarações de Obama terão agradado aos lobbies da indústria de armamento.
O academia do Nobel ou alterou os critérios de atribuição do prémio Nobel da Paz ou prepara-se para mudar o nome do prémio para prémio Nobel da Guerra em nome da Paz!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"Biko"

"September '77
Port Elizabeth weather fine
It was business as usual
In police room 619
Oh Biko, Biko, because Biko
Oh Biko, Biko, because Biko
Yihla Moja, Yihla Moja
-The man is dead

When I try to sleep at night
I can only dream in red
The outside world is black and white
With only one colour dead
Oh Biko, Biko, because Biko
Oh Biko, Biko, because Biko
Yihla Moja, Yihla Moja
-The man is dead

You can blow out a candle
But you can't blow out a fire
Once the flames begin to catch
The wind will blow it higher
Oh Biko, Biko, because Biko
Yihla Moja, Yihla Moja
-The man is dead

And the eyes of the world are
watching now
watching now"

Peter Gabriel


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A Maligna natureza do senhor

"(...) Quem é pelo senhor, junte-se a mim. Todos os da tribo de levi se juntaram a ele, e moisés proclamou, Eis o que diz o senhor, deus de israel, pegue cada um numa espada, regressem ao acampamento e vão de porta em porta, matando cada um de vós o irmão, o amigo, o vizinho. E foi assim que morreram cerca de três mil homens. O sangue corria entre as tendas como uma inundação que brotasse do interior da própria terra, como se ela própria estivesse a sangrar, os corpos degolados, esventrados, rachados de meio a meio, jaziam por toda a parte, os gritos das mulheres e crianças eram tais que deviam chegar ao cimo do monte sinai onde o senhor se estaria regozijando com a sua vingança. Caim mal podia acreditar no que os seus olhos viam. não bastavam sodoma e gomorra arrasadas pelo fogo, aqui, no sopé do monte sinai, ficara patente a prova irrefutável da profunda maldade do senhor, três mil homens mortos só porque ele tinha ficado irritado com a invenção de um suposto rival em figura de bezerro, Eu não fiz mais que matar um irmão e o senhor castigou-me, quero ver agora quem vai castigar o senhor por estas mortes, pensou caim, e logo continuou, Lúcifer sabia bem o que fazia quando se rebelou contra deus, há quem diga que o fez por inveja e não é certo, o que ele conhecia era a maligna natureza do sujeito. (...)"

Excerto de "Caim" de José Saramago

sábado, 28 de novembro de 2009

"Eu gostaria de saber pintar" 7


Pintura de óleo sobre madeira dos Projectos "Eu Gostaria de Saber pintar" de Álvaro Cunhal - Projecto 7

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"Asimbonanga"

"Asimbonanga (We have not seen him)
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela)
Laph'ekhona (In the place where he is)
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)

Oh the sea is cold and the sky is grey
Look across the Island into the Bay
We are all islands till comes the day
We cross the burning water

Asimbonanga (We have not seen him)
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela)
Laph'ekhona (In the place where he is)
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)

A seagull wings across the sea
Broken silence is what I dream
Who has the words to close the distance
Between you and me

Asimbonanga (We have not seen him)
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela)
Laph'ekhona (In the place where he is)
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)

Steve Biko, Victoria Mxenge
Neil Aggett
Asimbonanga
Asimbonang 'umfowethu thina (we have not seen our brother)
Laph'ekhona (In the place where he is)
Laph'wafela khona (In the place where he died)
Hey wena (Hey you!)
Hey wena nawe (Hey you and you as well)
Siyofika nini la' siyakhona (When will we arrive at our destination)"

Jonnhy Clegg e Savuka


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Vítor Constâncio e as imorais declarações sobre salários

Existe na sociedade uma estranha fauna de seres que se armam em defensores da moral e dos bons costumes, mas são sempre os primeiros a terem atitudes imorais e de muito mau costume, são popularmente conhecidos por falsos beatos de sacristia.
Esta introdução a propósito das já habituais, mas nem por isso menos imorais, declarações do Sr. Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, e membro do PS, a propósito dos aumentos salariais dos trabalhadores para o ano 2010. Diz o Sr. Governador que os aumentos para o ano 2010 se devem ficar pelos 1 a 1,5% e que na função pública deveriam ser ainda menores que isto, naturalmente "a bem da economia" do ponto de vista e dos interesses do Sr. Governador.
Convém lembra que o Sr. Governador está a falar de salários, dos trabalhadores, que precisam de trabalhar mais de 40 anos para ganhar o mesmo que o Sr. Governador ganha num ano (280 mil euro no ano de 2005). E com a distinta "lata" e falta de vergonha na bem cuidada cara (ou tromba numa linguagem mais popular) o Sr. Governador vai dizendo que para se ultrapassar a crise é preciso sacrifícios.
Mas, quem se julgará este Sr. para pedir sacrifícios a quem quer que seja?
Alguma vez na sua vida ele teve de os fazer?
Quem é este badameco para dizer a quem tem salários de 450 € para fazerem sacrifícios? Saberá Vítor Constâncio o que é receber o salário mínimo, ter de pagar rendas de casa maiores que o salário e ainda ter que comprar comida para os filhos?
Saberá Vítor Constâncio o que é chegar a meio do mês e verificar que o dinheiro já se acabou, que já a nenhuma loja do bairro se pode pedir fiado porque a dívida se amontoa?
Saberá Vítor Constâncio o que é ter de explicar a um filho porque os outros meninos podem ter uma playstation e a ele os pais nem um berlinde podem dar?
Saberá Vítor Constâncio o que é uma vida de duro trabalho para só se acumular dívidas?
Não sabe, não quer saber, não se importa desde que receba os 280 mil euro anuais o Sr. Governador continuará a fazer todos os favores a quem quer acumular lucros à custa de pagar salários de miséria!
Vítor Constâncio é exactamente uma espécie de "falso beato de sacristia", apela aos sacrifícios dos já sacrificados para ajudar, apoiar e facilitar a vida aos que já a têm facilitada. Mas Vítor Constâncio é da classe deles...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Manuel Alegre e a Abertura-Fechada

Segundo, foi noticiado hoje pelo público, Manuel Alegre terá escrito na revista OPS! um artigo intitulado “Abertura e Inovação”, no qual apela para que " cada uma das esquerdas que seja capaz de ouvir as outras". E elogia a dita revista, por segundo o poeta, a revista querer, poeticamente acrescento eu, “Contrariar o tabu da incomunicabilidade das esquerdas e estabelecer pontes para um diálogo sem agendas escondidas”.
E para demonstrar a sua "abertura" Manuel Alegre o poeta e membro do Partido Socialista qualifica as outras esquerdas que não a do PS de estarem "barricadas no socialismo cro-magnon"
Sem, entrar na analise do profundo e ignorante erro histórico de falar de socialismo no tempo do homem de Cro-Magnon, até porque Manuel Alegre não é ignorante, donde se supõe que se trata de um termo ofensivo.
Manuel Alegre é assim uma de pessoa com a abertura suficiente para ser capaz de ouvir opiniões iguais à sua! A abertura-fechada.

sábado, 21 de novembro de 2009

"Eu gostaria de saber pintar" 6


Pintura de Óleo sobre a madeira dos Projectos "Eu Gostaria de Saber Pintar" de Alvaro Cunhal - Projecto 6

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"O Haver"

"Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
– Perdoai!eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo que existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história...

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e do mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens."

Vinicius de Moraes
No Video participação de Edu Lobo

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Quanto mais vencedores, mais vencidos ficavam

"(...) A mina converteu-se numa cova enorme, aberta em anfiteatro, bárbara como caverna que viesse de trás dos séculos, parada no tempo, e à qual, de repente, insuflassem vida.
Frente às assentadas geológicas, ora terra ora pedra, os cabouqueiros pareciam formigas e eram gigantes. Músculos a substituírem o aço; braços a revolverem toneladas. Os cronómetros do engenheiro só paravam à noite, antes que o corpo, exausto, lhes pedisse repouso. Já não era Henri, nem Amaro, quem mandava ali, mas aqueles ponteiros infernais que tudo arrastavam atrás deles.
Acicatados pelos, prémios, tementes às multas, os cabouqueiros puseram luta e energias e sentimentos. E não viam que, quanto mais vencedores, mais vencidos ficavam.(...)"

Excerto de "Engrenagem" de Soeiro Pereira Gomes

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O senhor é rancoroso

"(...) Perguntou Isaac, Pai, que mal te fiz eu para teres querido matar-me, a mim que sou o teu único filho. Mal não me fizeste, Isaac, Então por que quiseste cortar-me a garganta como se eu fosse um borrego, perguntou o moço, se não tivesse aparecido aquele homem para segurar-te o braço, que o senhor o cubra de bênções, estarias agora a levar um cadáver para casa, A ideia foi do senhor, que queria tirar a prova, A prova de quê, Da minha fé, da minha obediência, E que senhor é esse que ordena a um pai que mate o seu próprio filho, É o senhor que temos, o senhor dos nossos antepassados, o senhor que já cá estava quando nascemos, E se esse senhor tivesse um filho também o mandaria matar, perguntou Isaac, O futuro o dirá, Então o senhor é capaz de tudo, do bom, do mau e do pior, Assim é, Se tu tivesses desobedecido à ordem, que sucederia, perguntou Isaac, O costume do senhor é mandar a ruína, ou uma doença, a quem lhe falhou, Então o senhor é rancoroso, Acho que sim, respondeu Abraão em voz baixa, como se temesse ser ouvido, ao senhor nada é impossível(...)"

Excerto de "Caim" de José Saramago

sábado, 14 de novembro de 2009

"Eu gostaria de saber pintar" 5



Pintura a Óleo sobre a madeira, dos projectos "Eu Gostaria de Saber pintar" de Álvaro Cunhal - Pintura 4

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Simplesmente humano

"(...) Há uns três dias, não mais tarde, tinha ele dito a Abraão, pai do rapazito que carrega às costas o molho de lenha, Leva contigo o teu único filho, Isaac, a quem tanto queres, vai à região do monte mória e oferece-o em sacrifício a mim sobre um dos montes que eu te indicar. O leitor leu bem, o senhor ordenou a Abraão que lhe sacrificasse o próprio filho, com a maior simplicidade o fez, como quem pede um copo de água quando tem sede, o que significa que era costume seu, e muito arraigado. O lógico, o natural, o simplesmente humano seria que Abraão tivesse mandado o senhor à merda(...)"

Excerto de "Caim" de José Saramago.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Unidos pela mesma fome

"(...) Andavam ali homens dos mais variados misteres. Vagabundos de todos os caminhos; trabalhadores de acaso; camponeses de terras sem horizontes. Moços e velhos; unidos pela mesma fome e pelos mesmos farrapos. Vieram a pé, ou de borla nos camiões de motoristas generosos, ou na 3ª classe de ronceiros comboios. De longe e de perto, como se a fábrica fosse encruzilhada de todos os caminhos.(...)"

Excerto de "Engrenagem" de Soeiro Pereira Gomes

domingo, 8 de novembro de 2009

"Fim"

"Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro."

Letra: Mário de Sá Carneiro
Música: Trovante

sábado, 7 de novembro de 2009

"Eu gostaria de saber pintar" 4

Pintura nº 4, Óleo sobre a tela, dos projectos "Eu Gostaria de Saber pintar" de Álvaro Cunhal.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Caim, Deus e a Misericórdia

"(...) Estava claro, o senhor desdenhava Caim. Foi então que o verdadeiro carácter de Abel veio ao de cima. Em lugar de se compadecer do desgosto do irmão e consolá-lo, escarneceu dele, e, como se isto ainda fosse pouco, desatou a enaltecer a sua própria pessoa, proclamando-se, perante o atónito e desconcertado Caim, como um favorito do senhor, como um eleito de deus. O infeliz Caim não teve outro remédio que engolir a afronta e voltar ao trabalho. A cena repetiu-se, invariável, durante uma semana, sempre um fumo subia, sempre um fumo que podia tocar-se com a mão e logo se desfazia no ar. E sempre a falta de piedade de Abel, os dichotes de Abel, o desprezo de Abel. Um dia Caim pediu ao irmão que o acompanhasse a um vale próximo onde era voz corrente que se acoitava uma raposa e ali, com as suas próprias mãos, o matou a golpes de uma queixada de jumento que havia escondido antes num silvado, portanto com aleivosa premeditação. Foi nesse exacto momento, isto é, atrasada em relação aos acontecimentos, que a voz do senhor soou, e não só soou ela como apareceu ele. Tanto tempo sem dar notícias, e agora aqui estava, vestido como quando expulsou do jardim de éden os infelizes pais destes dois. Tem na cabeça a coroa tripla, a mão direita empunha o ceptro, um balandrau de rico tecido cobre-o da cabeça aos pés. Que fizeste com o teu irmão, perguntou, e Caim respondeu com outra pergunta, Era eu o guarda-costas de meu irmão, Mataste-o, Assim é, mas o primeiro culpado és tu, eu daria a vida pela vida dele se tu não tivesses destruído a minha, Quis pôr-te à prova, E quem és para pores à prova o que tu mesmo criaste, Sou o dono soberano de todas as coisas, E de todos os seres, dirás, mas não de mim nem da minha liberdade, Liberdade para matar, Como tu foste livre para deixar que eu matasse a abel quando estava na tua mão evitá-lo, bastaria que por um momento abandonasses a soberba da infalibilidade que partilhas com todos os outros deuses, bastaria que por um momento fosses realmente misericordioso, (...)"

Excerto de "Caim" de José Saramago

terça-feira, 3 de novembro de 2009

"Lua e Flor"

"Eu amava
Como amava algum cantor
De qualquer clichê
De cabaré, de lua e flor...

E sonhava como a feia
Na vitrine
Como carta
Que se assina em vão...

Eu amava
Como amava um sonhador
Sem saber porquê
E amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia, amanhece não...

Eu amava
Como amava um pescador
Que se encanta mais
Com a rede que com o mar
Eu amava, como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar...

Eu amava
Como amava algum cantor
De qualquer clichê
De cabaré, de lua e flor...

Eu sonhava como a feia
Na vitrine
Como carta
Que se assina em vão...

Eu amava
Como amava um pescador
Que se encanta mais
Com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar..."

Oswaldo Montenegro


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dia de todos os santos, Dia de todos os pobres

1 de Novembro. Dia de todos os santos e de «pão-por-Deus». As crianças espalham-se pelas ruas e batem às portas.
- Pão... por Deus...
Nas arcas há nozes e castanhas e figos secos... A tradição manda que se encham bornais com «tenha paciência». Os pobres tiram o pão da boca para os filhos dos pobres. E os ricos sacodem as migalhas, em nome de Deus.
Dia de todos os santos - Dia de todos os pobres.

Excerto de "Esteiros" de Soeiro Pereira Gomes.

domingo, 1 de novembro de 2009

"Eu gostaria de saber pintar" 3

Pintura sobre a Tela dos Projectos "Eu Gostaria de saber pintar" de Àlvaro Cunhal - Projecto 3

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Chuva"

"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade"

Mariza

PS: Aos 2 minutos e 40 segundos imitação do teu olhar!


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Francisco Van Zeller e os seus vómitos sobre o Salário Mínimo Nacional

Francisco Van Zeller, o Presidente da CIP, patrão dos patrões, continua como sempre a justificar em nome de todas as crises e de todos os bens maiores da economia, (a dele, obviamente), a necessidade (dele e dos restantes patrões) de não aumentar o salário mínimo! Nada de novo! A novidade talvez seja não o que vanzeller quer, mas a forma como o afirma!!!
Ontem à saída do palácio de São bento onde foi recebido por José Sócrates, o Sr. Van Zeller disse que temos de escolher entre aumentos dos salários ou o desemprego. Esta frase é a habitual em Van Zeller a chantagem que é o único método que esta pessoa sabe usar!
Mas Van Zeller o patrão preocupado diz mais: " não são os 25 euro de aumento que resolvem as situações de miséria dos trabalhadores que recebem o salário mínimo" - Cá está a nova maravilhosa teoria e argumentação do Sr. Van Zeller: como 25€ não chega para resolver os problemas de miséria dos trabalhadores, então não se dá aumento! Resolve-se os problemas de ganância de tio patinhas de Van Zeller e os seus acólitos!
Mas como não chegava o que disse ainda acrescentou que se fosse ele a ter o salário mínimo "não pediria só 25 euro de aumento porque 25 euro não é nada, pediria muito mais". Não disse mas pensou: "como não sou trabalhador e sou patrão estou-me borrifando e nem o nada de 25 euro lhes dou de aumento!
Francisco Van Zeller é assim! Um ser repugnante que passa os dias a vomitar opulência e desprezo pelas dificulades daqueles a quem ele explora até ao tutano para poder continuar a vomitar opulência e em cada vez maiores quantidades.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Não me deixo pregar na cruz


"(...) eu luto com todas as armas ao meu alcance pelas coisas em que acredito e tento derrubar o outro em vez de me deixar pregar numa cruz ou em qualquer outro lugar(...)"

Che Guevara

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Eu gostaria de saber pintar" 2


Pintura de óleo sobre a madeira dos projectos "Eu Gostaria de saber pintar" - Projecto 2 - de Álvaro Cunhal

sábado, 24 de outubro de 2009

"Aquele Inverno"

"Há sempre um piano
um piano selvagem
que nos gela o coração
e nos trás a imagem
daquele inverno
naquele inferno

Há sempre a lembrança
de um olhar a sangrar
de um soldado perdido
em terras do Ultramar
por obrigação
aquela missão

Combater na selva sem saber porquê
e sentir o inferno a matar alguém
e quem regressou
guarda sensação
que lutou numa guerra sem razão...
sem razão... sem razão...

Há sempre a palavra
a palavra "nação"
os chefes trazem e usam
p'ra esconder a razão
da sua vontade
aquela verdade

E para eles aquele inverno
será sempre o mesmo inferno
que ninguém poderá esquecer
ter que matar ou morrer
ao sabor do vento
naquele tormento

Perguntei ao céu: será sempre assim?
poderá o inferno nunca ter um fim?
não sei responder
só talvez lembrar
o que alguém que voltou a veio contar... recordar...
recordar...
Aquele Inverno"

Delfins


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pedro Lomba - O Petulante anti-comunista!

Pedro Lomba decidiu discorrer, num dos seus artigos no jornal I em que tenta demonstrar a sua “grande inteligência”, sobre a deputada do PCP Rita Rato e uma entrevista desta ao Correio da Manhã.
Sobre as bafientas tentativas de equiparar o Comunismo ao Fascismo e de atribuir ao PCP práticas realizadas por outros, das quais Lomba apesar do cheiro bafiento não se cansa, não vale a pena responder.
Mas merece-me umas considerações o artigo:
Pedro Lomba diz “A primeira reacção que muitos de nós cedemos(...) é achar que podemos travar um debate contra estas pessoas. Ilusão. Não podemos debater contra preconceitos” Mais à frente considera “... do ponto de vista que mais nos interessa: assegurar que numa democracia as opiniões estúpidas e extremistas, existindo, nunca deixem de ser minoritárias”
Ou seja Pedro Lomba que se deve considerar inteligente o suficiente para definir o que são opiniões estúpidas diz não ser possível debater com essas opiniões estúpidas, o que me leva a perguntar então para que lhe serve toda a sua inteligência, se nem com opiniões estúpidas consegue debater?
Outra pergunta que se me fica é se adjectivar as opiniões de outros com os adjectivos estúpido e extremista sem outros argumentos não é aquilo que fazem os dogmáticos e preconceituosos?
A última pergunta que me assalta é como Pedro Lomba quer “assegurar que numa democracia as opiniões estúpidas e extremistas, existindo, nunca deixem de ser minoritárias”? Pelo debate não é porque apesar da sua inteligência considera que não é possível debater “contra essas pessoas” que têm “opiniões estúpidas e extremistas” então como irá assegurar?
Para terminar dizer que tal como Pedro Lomba considera que “precisamos de Rita Rato para expressar o que sabemos ser falso”, eu considero que precisamos de Pedro Lomba para ensinar mais facilmente aos nossos filhos como não serem petulantes, arrogantes e convencidos de que são as únicas cabeças com inteligência no mundo. Se Pedro Lomba não existisse teríamos de usar vários argumentos para os ensinar, como Pedro Lomba existe basta dizer aos nossos filhos: Filho nunca sejas como o Pedro Lomba!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Adão e Eva - a irritação de deus

"Quando o senhor, também conhecido como deus, se apercebeu de que a adão e eva, perfeitos em tudo o que apresentavam à vista, não lhes saía uma palavra da boca nem emitiam ao menos um simples som primário que fosse, teve de ficar irritado consigo mesmo, uma vez que não havia mais ninguém no jardim do éden a quem pudesse responsabilizar pela gravíssima falta, quando os outros animais, produtos, todos eles, tal como os dois humanos, do faça-se divino, uns por meio de mugidos e rugidos, outros por roncos, chilreios, assobios e cacarejos, desfrutavam já de voz própria. Num acesso de ira, surpreendente em quem tudo poderia ter solucionado com outro rápido , correu para o casal e, um após outro, sem contemplações, sem meias-medidas, enfiou-lhes a língua pela garganta abaixo(...)"

Excerto de "Caim" de José Saramago

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cantadora nua

"(...) Acabei a minha sessão de canto, estou triste, flor depois das pétalas. Reponho sobre meu corpo suado o vestido de que me tinha libertado. Canto sempre por causa disso: sempre me dispo quando canto. Estranha-se? Eu pergunto: a gente não se despe para amar? Porquê não ficar nua para outros amores? A canção é só isso: um amor que se consome em chama entre o instante da voz e a eternidade do silêncio.
Outros cantadores, quando actuam em público, se trajam de enfeites e reluzências. Mas, em meu caso, cantar é coisa tão maior que me entrego assim, pequenitinha, destamanhada. Dessa maneira, menos que mínima, me torno sombra, desenhável segundo tonalidades da música.
Cantar, dizem, é um afastamento da morte. A voz suspende o passo da morte e, em volta, tudo se torna pegada da vida. dizem mas, para mim, a voz serve-me para outras finalidades: cantando eu convoco um certo homem. Era um apanhador de pérolas, vasculhador de maresias. Esse homem acendeu a minha vida e ainda hoje eu sigo por iluminação desse sentimento. O amor, agora sei, é a terra e o mar se inundando mutuamente.(...)"

Excerto de "Na berma de nenhuma estrada" de Mia Couto

domingo, 18 de outubro de 2009

« Eu gostaria de saber pintar» 1


Pintura de óleo sobre madeira dos projectos «Eu gostaria de saber pintar» de Álvaro Cunhal - Projecto 1

sábado, 17 de outubro de 2009

Um dia mais, um dia menos...

"(...) Nesse dia, como todos os dias, semana após semana, mês após mês, ano após ano, a vida decorreu no ritual de sempre.
O silêncio da noite cotado pelos apitos da alvorada e o súbito expandir do barulho da movimentação geral da cadeia. O ruidoso e cadenciado abrir (umas atrás das outras) das fechaduras e ferrolhos das celas. O bater de tairocas dos faxinas circulando com os baldes dos despejos. O baque metálico dos baldes ao serem atirados para o chão de cimento. O fedor espalhando-se nas alas logo misturado e coberto pelo da creolina. Novos apitos, formatura, conto. A distribuição do café e do casqueiro. O deslocar em cortejo para as oficinas. De novo ferrolhos e fechaduras, agora com novo bater das portas e o isolar dos reclusos nas celas. Depois o amortecer dos ruídos e o alastrar do vazio da imensidão das alas, cortado apenas pelo bater desencontrado das tairocas e tamancos dos faxinas e o barulho de marteladas, da serra e de máquinas vindo das oficinas(...)"

Excerto de "A Estrela de Seis Pontas" de Manuel Tiago, Pseudónimo literário de Álvaro Cunhal

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Não sou moderado


"(...) Não só não sou moderado como também tentarei nunca o ser(...). Um profundo erro (...) é o de acreditar que da moderação ou do «moderado Egoísmo» é que saem invenções grandiosas ou obras-primas da arte. Para toda a grande obra é preciso paixão, e para a Revolução precisa-se de paixão e audácia em grandes doses, coisas que os homens têm quando formam um conjunto. (...)"

Excerto de uma carta que Che Guevara escreveu à sua mãe em 15 de Julho de 1956.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Os mineiros e as suas faces de pedra

"... Á tarde chegaram os mineiros com as suas faces de pedra e os seus capacetes de plástico colorido que os assemelham a guerreiros de outras terras.
As faces impassíveis, com a moldura invariável do eco da montanha devolvendo as descargas enquanto o vale apequenava o camião que os trazia, eram um espectáculo interessante..."

Che Guevara, excerto do seu diário, enquanto visitava as minas de tungstênio na Bolívia

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mário Bettencourt Resende e os seus delírios sobre as eleições legislativas

Mário Bettencourt Resende, o conhecido comentador político, pseudo-jornalista, afirmou no dia de encerramento da campanha eleitoral para as eleições legislativas, pelas 23.30 num programa da SIC Notícias, que a CDU iria desaparecer. Pela 999ª vez Mário Bettencourt Resende, essa personagem de grande visão política, apoiante inconfesso de José Sócrates, anunciou o fim do PCP. Com o mesmo desplante, com que assumiu que a comunicação social tem levado o Bloco ao colo (ele lá sabe do que fala), disse que a CDU e o PCP iriam desaparecer porque o seu eleitorado está a morrer!
Deixando transparecer um sorriso mórbido com a morte de pessoas que votam na CDU.
Mas, mais uma vez, os resultados eleitorais poderiam desiludir Mário Bettencourt Resende, caso Mário Bettencourt Resende quisesse assumir uma postura séria e olhasse para a realidade como ela é: mais 15 mil votantes na CDU, mais percentagem de votos, mais um deputado, 8 anos de crescimento sucessivo da CDU em todas as eleições realizadas... Mas não! Mário Bettencourt Resende faz profissão de fé do seu anti-comunismo primário! Mário Bettencourt Resende sonha e babasse com o fim apoteótico do PCP que imagina! Delira com a ideia de poder festejar, abrir garrafas de champangne (francês de preferência) numa qualquer orgia da burgesia (ou do Jet-Set, como é fino dizer-se agora).
Mário Bettencourt Resende, por muito que a realidade lhe demonstre o contrário, continuará a afirmar que o PCP está a acabar. De tanto tentar dar a ideia que o PCP está a desaparecer, Mário Bettencourt Resende, tornou-se um daqueles casos patológicos que acredita profundamente nas mentiras que diz!
E quanto aos comunistas estarem a morrer... Se a lógica da esperança média de vida funcionar, continuarei cá após a morte de Mário Bettencourt Resende... Eu e milhares de outros comunistas! Mas Mário Bettencourt Resende até lá chegar continuará a sonhar e a babar-se com o fim do PCP! Poderia dizer que depois do sonho acordaria todos os dias para a realidade, mas Mário Bettencourt Resende há muito deixou de viver na realidade... Um caso clínico!!!

domingo, 27 de setembro de 2009

Francisco Louçã - BE - Burguesia Escondida

Francisco Louçã, de vez em quando descai-se no seu discurso clerical e vem ao de cima os seus conceitos burgueses. No vídeo em baixo retirado do programa humorístico gato fedorento aparece um excerto do debate com Paulo Portas em que Francisco Louçã tenta dizer que as propostas de Portas são as de Salazar, mas a forma como se refere a Salazar é que o traí. Poderíamos pensar que Louça atribui a característica de ditador a Salazar... ou de Fascista... ou até de anti-democrata! Mas não!!! Louçã passa por cima de quase 50 anos de ditadura de Salazar, por cima das centenas de mortos de opositores ao regime, por cima dos milhares de mortos da guerra colonial, por cima dos milhares de presos políticos e qualifica Salazar como "Grande dirigente histórico"

Aí, aí!!! quando os tiques burgueses os traiem...

José Socrates quer um País mais pobre

Com o PS e José Sócrates teremos um País mais pobre, é o próprio que promete!

sábado, 26 de setembro de 2009

"Sem Eira nem Beira"

"Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um "passou bem"

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar, despedir
Ainda se ficam a rir

Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir encontrar mais força para lutar

Mais força para lutar
Mais força para lutar
Mais força para lutar

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar, enganar
O povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Mais força para lutar

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a f***r

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Dê-me um pouco de atenção"

Xutos e Pontapés

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Basta de Injustiças - CDU e a Política alternativa


"(...) O governo do PS, com a revisão para pior do código de trabalho e com as suas normas gravosas, cujo objectivo é liquidar a contratação colectiva para retirar direitos aos trabalhadores, assume claramente uma postura de classe ao lado e em defesa do grande capital, desequilibrando ainda mais as relações laborais a favor do patronato.(...)

Face as estas políticas é preciso dizer basta de injustiças! Sim é possível uma vida melhor com a concretização de uma política alternativa!

Política alternativa, essa, que assegure a concretização do pleno emprego através de uma política de desenvolvimento e crescimento económico o que exige o aumento do investimento público e privado e a aposta nos sectores produtivos; a expansão dos serviços à população; a valorização do sector social e das cooperativas. Mas também através de políticas de combate às deslocalizações e que impeçam a substituição de trabalho permanente por trabalho temporário em postos de trabalho correspondentes a necessidades permanentes.

Política alternativa que assegure a protecção no desemprego com o alargamento dos critérios de acesso, prolongamento do subsídio de desemprego e do subsídio social de desemprego, para todo o período de recessão económica.

Política alternativa que melhore o poder de compra dos salários, não só por uma questão de mais justiça social, mas como condição indispensável para a melhoria da situação económica do País. A valorização dos salários é um factor estratégico para qualquer política séria de desenvolvimento do País, por isso propomos o aumento real, sustentado e contínuo, dos salários da generalidade dos trabalhadores portugueses durante a próxima legislatura, que inclui o aumento do salário mínimo para pelo menos 500 € até 2011 e 600 € até 2013.

Uma política alternativa que reponha os direitos postos em causa pela legislação laboral da Administração Pública revogando as normas gravosas do código de trabalho de forma a eliminar a possibilidade de caducidade da contratação colectiva, a repor o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador, a impedir a imposição da mobilidade aos trabalhadores e a desregulamentação dos horários de trabalho.

Uma política alternativa que elimine a precariedade, fazendo cumprir o direito ao trabalho com segurança e assegurando vínculos estáveis, revogando a norma do Código de Trabalho que discrimina os jovens e outros trabalhadores à procura do primeiro emprego, combatendo o uso abusivo e ilegal de contratos a termo, dos falsos recibos verdes e do trabalho temporário, aperfeiçoando a legislação por forma a garantir que os contratos de trabalho de duração determinada sejam limitados a necessidades temporárias e regularizando a situação dos trabalhadores com falsa prestação de serviços e falsos recibos verdes a começar na Administração Pública.

Uma política alternativa que promova condições de trabalho dignas e a qualidade do emprego garantindo a igualdade salarial e valorização profissional das mulheres em todos os sectores de actividade, assegurando condições de igualdade de direitos aos imigrantes, reduzindo progressivamente o horário de trabalho semanal para as 35 horas como contributo para criar postos de trabalho, combater o desemprego e compatibilizar os horários de trabalho com a vida familiar.

Uma política alternativa que aposte na qualificação profissional dos trabalhadores com medidas imperativas para concretizar o direito à formação contínua, enquanto instrumento fundamental para a valorização do trabalho e resposta aos problemas causados pela utilização de novas tecnologias.

Uma política alternativa que reforce e garanta o efectivo exercício dos direitos sindicais e o direito à greve combatendo abusos e arbitrariedades no recurso aos serviços mínimos, que desenvolva e torne efectivos os direitos de informação e participação dos trabalhadores e das suas organizações representativas.(...)"

Excerto de uma intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP e candidato da CDU, na campanha eleitoral

sábado, 19 de setembro de 2009

PS poupado nas multas pelo PS

Esta semana a GNR apreendeu e multou 3 viaturas da campanha do PS por se encontrarem em situação ilegal.
Dias depois a autoridade nacional para as segurança rodoviária, dependente do Ministério da Administração Interna do Governo PS, perdoou em tempo recorde a multa! Por alegadamente as liberdades se sobreporem!
Também quero um perdão nas multas!

Finanças não cobram impostos a Grupo Espirito Santo

O grupo Espírito Santos está a ser poupado nos impostos pelas finanças há vários anos. Em causa o empreendimento turístico Portucale no terreno pelo qual o Grupo Espírito Santo paga como se fosse um terreno rústico.
Se fosse um qualquer trabalhador as finanças penhoravam até as cuecas.
Aos amigalhaços finge-se que não se percebe que não estão a pagar o que devem. É o "socialismo democrático" do PS/Sócrates!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Gato Fedorento esmiuçam Carlos Trindade o pseudo-Sindicalista "moderno".

Carlos Trindade, sindicalista do PS e ao serviço de José Sócrates na CGTP, fez uma intervenção num comício do PS em Setúbal que demonstra exactamente o que é, o que ele representa, ao serviço de quem está e porque passa o tempo a dizer que a CGTP se deve "modernizar" que o sindicalismo deve ser de "diálogo social".
Na intervenção Carlos Trindade faz elogios a Salazar dizendo que Salazar deixou Portugal com "uma das maiores reservas de ouro" e com "enormes índices de desenvolvimento". Só lhe faltou dizer que bom era no tempo de Salazar. Talvez por isso ele "enxote" (queria o senhor dizer exorte) "os camaradas trabalhadores a votar PS" por ver em Sócrates e no PS o caminho para os "bons tempos" de Salazar.
Quanto ao enxotar os camaradas trabalhadores é isso que Carlos Trindade deve fazer no seu dia a dia, é o "sindicalismo moderno" que defende!
Deixo aqui o vídeo em que os Gato Fedorento, caricaturam o senhor. (aos 3 minutos e 20 do vídeo)


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A leitura da carta de Domingos Lopes por um inculto

Dei-me ao trabalho de ler a carta de Domingos Lopes, que opurtunisticamente se demite do PCP em plena campanha eleitoral.
Sem fazer grandes comentários aos impropérios dirigidos ao PCP igualzinhos aos que, habitualmente, os grandes capitalistas dirigem. Frases feitas de chavões anti-comunistas primários sem grande argumentação.
Mas algumas notas sobre o conteúdo:
- Domingos Lopes chama de "Pseudo-revolucionário" ao PCP, o mesmo Domingos Lopes que diz ter deitado "mão de todos os pretextos para um adiamento na vã expectativa que algo acontecesse". Esta maravilhosa "postura revolucionária" de se ficar na expectativa que algo aconteça é de louvar!
- Domingos Lopes usa uma expressão (revolucionária?) criticando a votação de braço no ar para as eleições de "Cargos Directivos????". Estará a falar do PCP ou de uma qualquer multinacional que tenha Cargos Directivos?
- Foge-lhe a boca para a verdade quando diz na carta que "o último congresso do partido(...) confirma o que acabámos de dizer". Quem acabou de dizer? Domingos Lopes e mais quem? Ou será que se julga um ser plural?
Mas sobre o resto dos impropérios e contradições nem vale a pena falar, nem da parte em que sugere, nas entrelinhas, que a derrota das políticas do PS se faz com o PS, nem da parte em que fala que a economia deve estar ao serviço da comunidade (esta nova expressão retirada do ideário... não sei bem que ideário)
Mas para finalizar as considerações sobre a leitura que fiz, o que me chamou mais à atenção foi este senhor, que disse a um órgão de comunicação social que o PCP estava a promover e tinha na sua direcção um conjunto de pessoas com uma fraca cultura, conseguir escrever uma carta com tanta falha de acentuação. Palavras que deviam levar acento e não levam outras que não deviam levar e levam.
Mas eu sou inculto e portanto é a minha limitação em entender coisas escritas por pessoas cultas.
Uma coisa é certa eu na minha incultura não irei "perscrustar os contextos sociais" pelo simples facto que não sei o que é "perscrustar".

80% dos trabalhadores em risco de pobreza - Qual a supresa!?

Segundo um relatório da OCDE, divulgado hoje, cerca de 80% dos trabalhadores em Portugal estão em risco de Pobreza. Economistas (ao serviço dos grandes grupos económicos) mostram-se "surpreendidos", não se sabe se com os resultados do relatório se com a oportunidade da sua divulgação em plena campanha eleitoral e a menos de 15 dias das Eleições.
Mas qual poderá ser na realidade a surpresa?
Durante as ultimas décadas, estes economistas e os partidos que nos governaram (PS, PSD e CDS) sempre promoveram e defenderam políticas (ao serviço de alguns) de baixos salários. Agora mostram-se hipocritamente surpreendidos pelas consequências das suas políticas e decisões na vida dos trabalhadores.
Está na hora de mudar, está na hora de uma Ruptura com estas políticas!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda

"(...) Existe uma política e um modelo de desenvolvimento verdadeiramente alternativo e uma força disponível para encontrar os caminhos da sua concretização – a CDU.
Essa política e esse modelo de desenvolvimento alternativo estão no Programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda que apresentámos ao país.
Um programa que perspectiva um novo rumo para Portugal, baseado nos princípios e valores da Constituição da República e que integra como principais objectivos o desenvolvimento económico e a criação de emprego, a redistribuição do rendimento e a justiça social, o aprofundamento da democracia e a afirmação da independência e soberania nacionais.
Um programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda que contrapõe às políticas económicas ao serviço do grande capital, uma nova política de desenvolvimento económico ao serviço do país e que têm como objectivos centrais: o pleno emprego como a grande prioridade; o crescimento económico e a defesa e afirmação do aparelho produtivo nacional como motor do crescimento económico.
Um programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda que contrapõe às receitas do capitalismo neoliberal dominante, a recuperação pelo Estado dos sectores estratégicos da economia, condição para a promoção do desenvolvimento geral do país e garantir um apoio prioritário e preferencial a micro, pequenas e médias empresas.
Um Programa de Ruptura, Patriótico e Esquerda que assume como um dos eixos essenciais de uma política alternativa a valorização do trabalho e dos trabalhadores, através de uma justa repartição da riqueza com a valorização dos salários e do seu poder de compra e o aumento do salário mínimo nacional, da defesa do trabalho com direitos.
Um programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda com uma nova política fiscal para aliviar a carga sobre as classes laboriosas e pequenas empresas.
Uma política de promoção de serviços públicos, nomeadamente um Serviço Nacional de Saúde de qualidade e uma Escola Pública que garanta a gratuitidade de todo o ensino e um sistema público e universal de Segurança Social fortalecido, na base de um novo sistema de financiamento que garanta a elevação das prestações sociais e das reformas.
Um programa que propõe um conjunto de medidas imediatas que respondem a importantes necessidades das populações e do País.
Medidas como as do alargamento dos critérios de acesso e prolongamento do período de atribuição do subsídio de desemprego; o aumento do salário mínimo nacional para pelo menos 600 euros até 2013; a salvaguarda do direito à reforma aos 65 anos e possibilidade da sua antecipação sem penalizações para carreiras contributivas de 40 anos; distribuição gratuita dos manuais escolares para o ensino obrigatório, o acesso à consulta no próprio dia nos Cuidados Primários de Saúde, eliminação do Pagamento Especial por Conta, estabelecimento de valores referência das taxas de juro.
Este não é um programa de uma força que se limita ao protesto e à contestação. É um programa de uma força que tem uma proposta verdadeiramente alternativa para promover o desenvolvimento do país, de uma força que não só está apta ao exercício do poder, como está pronta para assumir as mais elevadas responsabilidades no país.
O país precisa na verdade e com urgência de uma outra política e de um governo que em coerência a concretize.
Temos dito que seremos governo, se e quando o povo português quiser e quando a ruptura e a mudança de políticas forem impostas pela vontade popular.
Isto significa que não seremos governo a qualquer preço. Significa que não podem contar com este Partido Comunista Português para concretizar a mesma política que tem sido seguida nestes anos. Significa reconhecer que está nas mãos do povo, na sua luta e no seu voto, criar as condições para o surgimento de uma alternativa de esquerda verdadeiramente digna desse nome.
É por isso que nós dizemos aos trabalhadores e ao povo, incluindo àqueles também que votaram no PS e foram defraudados nas suas aspirações e interesses por um governo que fez o contrário do que anunciou que dêem força a este Partido, reforcem a CDU e a alternativa chegará, num tempo tão mais próximo quanto maior for esse reforço e esse apoio.
Porque quanto mais pesar a CDU em votos e deputados mais peso terá uma política de esquerda mais força terão os que aspiram a uma verdadeira mudança, mais perto estará a alternativa.(...)"

Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP no comício de ontem em Corroios

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Atentados em Nova Iorque 8 anos depois - mortos que interessam e mortos que não interessam

Passam hoje oito anos dos atentados a Nova Iorque. Oito anos passados nos noticiários de cá fala-se da data, mostra-se reportagens, ouve-se opinões, convocam-se analistas para falar do assunto.
Hoje dia 11 de Setembro de 2009 terão morrido perto de 7 mil pessoas, directa ou indirectamente, de fome em todo o mundo. Hoje dia 11 de Setembro de 2009 nem uma notícia sobre a morte de pessoas de fome.

Hoje dia 11 de Setembro de 2009, como em todos os outros dias, a comunicação social faz a distinção entre uns seres humanos e outros. Os quase 3 mil que morreram no Old Trade Center são lembrados, os quase 7 mil que morrem todos os dias são esquecidos e apagados para que ninguém se lembre do mundo injusto em que vivemos.

domingo, 6 de setembro de 2009

Tereza Salgueiro no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante

Fica a versão de Manhã de Carnaval de Tereza Salgueiro com José carreras, no momento em que se inicia o Concerto de Tereza Salgueiro no Auditório 1º de maio da Festa do Avante!


Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás

Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus

Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor

Música: Luiz Bonfá - Letra: Antonio Maria



Aldina Duarte no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante!

Começa neste momento o concerto de Aldina Duarte no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante. Fica aqui a letra e vídeo de "Ai meu amor se bastasse"

"Ai meu amor se bastasse
Saberes que eu te amo tanto
E cada vez que eu cantasse
Ai meu amor se bastasse
Saberes que é por ti que eu canto

Ai meu amor se bastasse
O que a cantar eu consigo
E mesmo que eu não cantasse
Ai meu amor se bastasse
O que a falar eu não digo

Ai meu amor se bastasse
Eu saber que te não basta
E na vida que eu gastasse
A cantar eu reparasse
Que a nossa vida está gasta

Se o que eu tenho p'ra te dar
Quando eu canto te chegasse
Se isso pudesse bastar
Se me bastasse cantar
Ai meu amor se bastasse"


Os Ska P no Palco 25 de Abril da Festa do Avante!

Os Ska P, Grupo Espanhol, começa a actuar neste momento no Palco 25 de Abril da Festa do Avante, fica aqui um vídeo e a letra de "El Libertador"

"(...)Entre miseria, hambre y desolación, en el fango alguien plantó una flor
un tal Bolívar, le dicen El Libertador, El Libertador

Gritos de justicia, tierra y libertad vuelven a resonar en Sudamérica
Ha comenzado una nueva revolución y esta vez avanza con convicción

Reforma agraria y justa redistribución, sanidad, cultura y buena educación
respeto y dignidad al indígena, al indígena

Socializar y ¡¡NO A LA PRIVATIZACIÓN!!, mejoras laborales "pal" trabajador
lo que la tierra ofrece es de la población, contra la oligarquía y el explotador

Una guerra de medios manipula la verdad
Enséñale los dientes a la cara al Tío Sam
sin dar un paso atrás.

ADELANTE COMANDANTE, PONTE AL FRENTE CON HONESTIDAD
COMIENZA A AMANECER EN LATINOAMÉRICA
PASO FIRME HACIA DELANTE, PISA FUERTE CON ROTUNDIDAD
CUANDO UN PUEBLO SE SABE ORGANIZAR
ES UN PUEBLO SABIO Y LIBRE

Oh oh oh oh! Lejos de la perfección
se avanza al caminar cuando se tiene ilusión

Una guerra de medios manipula la verdad...

ADELANTE COMANDANTE, PONTE AL FRENTE CON HONESTIDAD...

Oh oh oh oh! Aires de rebelión en Latinoamérica
Oh oh oh oh! Tiempo de transición en toda América

ADELANTE COMANDANTE, PONTE AL FRENTE, COMANDANTE
OH OH OH! DE LATINOAMÉRICA
PASO FIRME HACIA DELANTE, PISA FUERTE, COMANDANTE
OH OH OH! EN LATINOAMÉRICA(...)"


Comicío da Festa do Avante

Decorre no Palco 25 de Abril o comício da Festa do Avante, com intervenções de Seyne Torres da JCP, José Casanova - Director do Jornal Avante e Jerónimo de Sousa - Secretário Geral do PCP.

Ficam aqui imagens da multidão presente no comício, imagens que grande parte da comunicação Social censurará.




The Soaked Lamb no auditório 1º de Maio da festa do avante

A banda The Soaked Lamb actua por esta hora no audítório 1º de maio da festa do Avante, fica aqui um video da banda.




João Lencastre's Communion no Auditório 1º de maio da Festa do Avante!

Inicia-se o concerto de João Lencastre's Communion no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante.
Fica aqui um vídeo para dar um "cheirinho" do que vai ser a actuação deste baterista e o seu grupo!


Debate: Soeiro Pereira Gomes. O artista e o Partido. O tempo e os lugares. Na festa do Avante

Soeiro Pereira Gomes. O artista e o Partido. O tempo e os lugares em debate no Café-Concerto de Lisboa da Festa do Avante com Filipe Diniz, Manuel Augusto Araújo e Manuel Gusmão.

Os Bandarra no Palco 25 de Abril da Festa do Avante

O concerto, no Palco 25 de Abril da festa do avante, dos Bandarra inicia-se neste momento. Fica aqui um cheirinho de "Tango da Neblina"...

Samuel no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante

Inicia-se o espectáculo de Samuel no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante!
Fica aqui o vídeo da musica "Fala do Homem Nascido" cuja letra de António Gedeão já se encontra publicada neste blog.




Skalibans no Palco 25 de Abril da Festa do Avante!

Os Skalibans, banda de almada, repetem a sua presença na Festa do avante! O seu concerto inicia-se neste momento no Palco 25 de Abril.


Fica aqui o vídeo "Mary marry me"

Luísa Amaro no Auditório 1º de Maio da festa do Avante

Luísa Amaro em concerto no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante o concerto inicia-se agora. Fica uma pequena amostra do que será!


sábado, 5 de setembro de 2009

Alfredo Becker no Palco Solidariedade da Festa do Avante

Afredo Becker, o chileno inicia o seu espectaculo no Palco Solidariedade da Festa do Avante! Fica aqui um video com uma amostra do que será.

Lírio Cão no Palco Novos Valores da Festa do Avante

O Grupo de rock Lírio Cão inicia o seu concerto no Palco Novos Valores da festa do Avante. Deixo aqui um video da Banda.

Maria João e Mário Laginha em concerto no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante

O Concerto de Maria João e Mário Laginha começa neste momento no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante. Fica aqui o vídeo e a letra de "Beatriz"

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da actriz

Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da actriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da actriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida


Clã no Palco 25 de Abril da Festa do Avante!

Clã, iniciam o seu concerto neste momento no Palco 25 de Abril da Festa do Avante! Fica aqui a letra e o Vídeo de "Problema de Expressão"

"(...)Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto. (...)"


Guy Davies no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante

Guy Davies inicia o seu espectáculo no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante!
Fica aqui o vídeo de "Sweetheart Like You" para uma amostra do que vai ser o concerto deste Norte-Americano consagrado intérprete de Blues.

Marco Alonso no palco Setúbal da Festa do Avante

Marco Alonso, apresenta o seu flamenco, no Palco Setúbal da Festa do Avante, Deixo aqui um video de uma actuação do artista.


Willie Nile no Palco 25 de Abril da Festa do Avante

Willie Nile começa o seu concerto no Palco 25 de Abril da festa do Avante
. Fica aqui o video e a letra de Hard Times in America
I woke up this morning
With a pounding in my brain
And a half a dozen roaches
Crawling down the window pain
Got no food in the kitchen
I can’t afford the rent
I had some money yesterday
But I don’t know where it went

I can not find a job
I can not get a loan
I could not pay the bills
So they took back my telephone
My girlfriend, Josephine
She gave me back my ring
She said, “Baby till you get some dough
You can forget about the wild thing”

Hard times in America, Hard times in America
Hard times in America, Hard times in America

The farmer down the road
He never did no harm
But he could not make the payments
So they auctioned off his farm
All across the heartland
From Mexico to Main
People out of work
Locked up in the human chain, singing…
Repeat Chorus
They say it’s getting better
We’re closing the gap
You know as well as I do
That’s just a load of crap
The rich are getting richer
The poor are staying poor
I do believe the Grim Reaper
Is knocking at the door
Repeat Chorus
The widow next store
Though once a blushing bride
Is now a pile of skin and bones
Afraid to go outside
Where hustlers and pimps
And murderers have been
Dressed in rags in feathers
On the outside looking in
People eating garbage
People drinking rain
Sleeping on the sidewalk
In a cardboard hurricane
Some are drinking whiskey
Some are taking drugs
The victims of a society
Still working out the bugs

Hard times in America, Hard times in America
Hard times in America, Hard times in America
Hard times in America, Hard times in America
Hard times in America, Hard times in America


Guents Dy Rincon no Palco Solidariedade da festa do Avante

Guentes dy Rincon apresentam a música afro-latina no Palco Solidariedade da festa do Avante! fica aqui um video do Grupo.

Laurent Filipe no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante

Laurent Filipe, no trompete e no flugelhorn e o seu quarteto com André Fernandes, na guitarra; Massimo Cavalli, no contrabaixo e Pedro Viana, na bateria, iniciam o seu espectaculo "Flick Music - as grandes músicas do cinema" neste momento no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante.
Fica aqui uma amostra do que será o espectaculo.

Vitorino e os cantadores do Redondo no Palco 25 de Abril da Festa do Avante

Vitorino actua com os cantadores do Redondo no Palco 25 de Abril da Festa do Avante. Fica aqui a letra e o vídeo da Música "Queda do Império"

"Perguntei ao vento
Onde foi encontrar
Mago sopro encanto
Nau da vela em cruz
Foi nas ondas do mar
Do mundo inteiro
Terras da perdição
Parco império mil almas
Por pau de canela e mazagão

Pata de negreiro
Tira e foge á morte
Que a sorte é de quem
A terra amou
E no peito guardou
Cheiro da mata eterna
Laranja luanda
Sempre em flor."

Hazmat Modine no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante!

Os Hazmat Modine, banda Nova-Iorquina, iniciam neste momento o seu concerto no Auditório 1º de Maio da Festa do Avante. Fica aqui o video e a letra de "Who Walks in When I Walk Out?"

"Now who walked in when I walked out?
Who gave me that 'Hi', baby?
Who's that cat, got me jealous of you?

Ah who walked in when I walked out?
Don't you know you're my baby?
Who's that cat got me worryin' too?

When we kiss, I kind of miss
Where it used to be
Every day when I'm away
Now I get a feeling that you're foolin' me

Now who walked in when I walked out?
Who gave me that 'Hi', baby?
Who's that cat, got me jealous of you?
Oh, here we go

Now who walked in when I walked out?
Who gave me that 'Hi', baby?
Who's that cat, got me jealous of you?

Ah who walked in when I walked out?
Don't you know you're my baby?
Who's that cat got me worryin' too?

When we kiss, I kind of miss
Where it used to be
Every day when I'm away
Now I get a feeling that you're foolin' me

Now who walked in when I walked out?
Who gave me that 'Hi', baby?
Who's that cat, got me jealous of you?"


O Mundo na Festa do Avante!











Diversas delegações internacionais estiveram presentes na Cidade Internacional da Festa do Avante! Uma mistura singular de povos e culturas só possivel na Festa do PCP.