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domingo, 28 de julho de 2013

Carta a Francisco

Cabeção, esta carta é para dizer a tu um monte de coisas que nos momentos em que falo contigo não dá tempo para dizer.
Eu tenho muitas saudades de tu todos os dias. Queria demais poder abraçar tu quando me deito ou quando acordo. Mas eu tenho de trabalhar aqui no Portugal, como tu diz. E só o avião grandão me poderia levar aí para dar um abraço em tu, mas ele leva muito tempo e é muito caro. Mas tu sabe o que eu faço quando estou assim com muitas saudades? Eu abraço a almofada e imagino que estou a abraçar tu, e assim fico um pouco menos triste. Eu sei que tu também tem saudades, mas podemos combinar uma coisa... quando estiveres com muitas saudades do teu pai que mora lá no Portugal, abraça com força a tua almofada, imagina que sou eu, e vais ver que ficas um pouquinho melhor.
Eu amo tu assim um montão bem grande, tão grande que é maior que os aviões grandões do mundo todos juntos.
Eu quero que tu estude muito, para tu ficar muito esperto, e por isso eu fico feliz quando tu tem notas boas nas provas. E fico um pouco triste quando as notas não são boas, mas amo tu do mesmo jeito e para mim tu será sempre para mim o mais esperto.
Quero que tu faça sempre as coisas que a tua mãe te diz porque ela ama tu e se te diz para fazeres uma coisa é para teu bem.
Eu vou amar sempre tu, mesmo quando tu não se comportar ou partir alguma coisa, mas não digas nem à tua mãe nem à tua avó, isto fica um segredo só nosso.
Tu pode não vir a ser um bom jogador de futebol, mas cada vez que tu der um pontapé na bola serás, para mim, o melhor jogador do mundo.
Tu pode não nadar, nem correr bem... mas cada vez que tu entrar numa piscina ou deres uma corrida serás o meu campeão olímpico.
Cada vez que tu fizer um desenho, tu será para mim o melhor pintor do mundo.
Quando ouvir tu a cantar, será para mim o melhor show de todos. Porque eu amo tu.
Francisco, meu filho, daqui a 4 meses estarei aí de férias para estar com tu. Para te abraçar, para podermos jogar à bola, para ir no shopping, para brincarmos, para tu ganhar a eu nos jogos de computador, para jogar à luta (mas só te tu prometer não dar murros com força que tu magoa eu), e para fazermos um monte de coisa juntos.
E por agora não escrevo mais porque tu já vai demorar um monte de tempo para ler.
Eu amo tu bem muitão. Um grande beijo do teu Pai que mora no Portugal.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Quando um Presidente da República se torna a maior ameaça à democracia

O discurso do Presidente da República de hoje ao País conseguiu surpreender, pelo menos a mim, não tanto por demonstrar que não gosta de democracia, mas por o assumir tão claramente e com um estratagema tão bem montado e pensado.
Cavaco Silva assumiu que não quer eleições, porque segundo ele, estas, representam um problema. Cavaco Silva assumiu que não quer que o povo diga que políticas quer seguir, ao querer que os Partidos (PSD, CDS, PS) que nos levaram a esta situação realizem um acordo de médio prazo para só depois convocar eleições já com o acordo decidido e sem o povo sobre ele se poder prenunciar. Cavaco Silva tenta assim a partir do palácio de belém iniciar um golpe que não permita ao povo decidir sobre o seu próprio futuro. Cavaco Silva é neste momento uma ameaça à democracia, mas tal como este governo já foi derrotado pelos trabalhadores e pelo povo também este senhor (com letra pequena porque é o que ele é) será derrotado pelos trabalhadores e pelo povo!