Rio que caminhas por entre os vales,
longe das minha terras áridas
como uma águia que nos ares
sobrevoa sem se aproximar das presas.
Que a chuva te aumente a adrenalina,
como a fome a faz à ave de rapina,
e que te faça transbordar no meio da neblina
galgando as terras em surdina!
Rio que te chamas Tejo, Minho,
Guadiana, Douro, Danúbio,
Amazonas, Parnaíba, Nilo,
Paraguai ou Sado
Rio sem nome... Rio da minha alegria
trás as tuas águas, invade as minhas margens,
alaga os meus caminhos, molha o meu dia,
transforma a minha vida, altera, aos meus olhos, as paisagens!
No teu caminho que nenhuma barragem
te pare, que nenhuma avalanche inesperada
te desvie, que te deixem
caminhar e invadir a minha vida!
Quero as tuas águas nas minhas margens!
Quero o teu cheiro nas minhas terras!
Quero navegar em ti nas minhas viagens!
Quero me lavar nas tuas águas!
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