Vejo o sorriso luminoso
De um rapazito que brinca com um boneco
Como se estivesse receoso
Que alguém lhe levasse o boneco
Vejo um borboleta a voar
Em torno de uma margarida
Indiferente ao facto, milenar,
De num dia se esgotar a sua vida.
Vejo o olhar de cansada
De uma senhora idosa
Que depois de uma longa vida
Se arrasta, na rua, pesarosa.
Vejo os miúdos de mochila às costas
Dirigindo-se lentamente
E sem preocupações, para as escolas,
Querendo um mundo de brincadeiras eternamente.
Vejo os carros que avançam
Na cidade, apressados.
Vejo árvores que espalham
a sua sombra sobre os passeios.
Só não vejo o teu rosto,
Nem o teu encantador sorriso
E fico com uma espécie de desgosto
Por não partilhar o teu olhar bondoso!
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