(...) Esta é a imagem real da globalização que vivemos em todos os continentes. E hoje a situação está a piorar. A comunidade internacional vive as consequências da crise capitalista que atingiu os Estados Unidos e que atinge os países da União Europeia e de todo o mundo capitalista. Os números são assustadores e falam por si mesmos. Apenas num mês, 380 mil trabalhadores e desempregados dos Estados Unidos ficaram sem as suas casas por não poderem pagar os empréstimos que tinham pedido aos bancos. Calcula-se que, em 2009, 750 bancos e companhias seguradoras vão encerrar nos Estados Unidos. A indústria automóvel e metalúrgica está em colapso. Confrontados com esta situação os EUA e a União Europeia decidiram destinar a quantia de 7 mil milhões de euros para a “salvação” tal como eles lhe chamam, dos bancos e do sistema. Por outras palavras, para salvar os culpados, dão-lhes fundos públicos que deveriam destinar-se a necessidades sociais urgentes, melhores salários e melhores condições de vida para os mais necessitados. Os governos recebem dinheiro dos impostos à custa da população e oferecem-no à indústria automóvel e aos bancos. Isto confirma que em períodos de crise o capital se torna ainda mais agressivo.(...)
(...)Em 1847 Karl Marx falou e escreveu sobre as crises do sistema capitalista. Sublinhou que são inevitáveis, cíclicas e repetitivas. Enquanto a riqueza se concentrar nas mãos de uns poucos e a pobreza for para a maioria, as crises serão mais profundas e duras!(...)"
George Mavrikos, Secretário-Geral da FSM (Federação Sindical Mundial) – Excerto do discurso no Simpósio Sindical Internacional 15 e 16 de Dezembro de 2008 em Lisboa.
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