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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ataque do Governo de Israel a barcos de ajuda humanitária - Assassinos impunes

Hoje, perante a deslocação de uma frota de barcos de ajuda humanitária para ajudar o povo da faixa de Gaza, o Governo de Israel respondeu como sabe responder: Enviou comandos do exercito Israelita para fazerem o que sabem fazer, ou seja, dispararem, matarem, ferirem.
Resultado: pelo menos 19 mortos de organizações humanitárias, dezenas de feridos, possivelmente jornalistas entre os mortos e feridos (ainda não confirmado).
Perante mais uma barbárie dos soldados a mando de um Governo de assassinos, a comunidade internacional reage com a hipocrisia habitual: condena o ataque, suspende os exercícios militares de colaboração com os militares do Governo assassino (como fez hoje hipocritamente a Grécia, que diz não ter dinheiro e rouba os salários ao seu povo mas para gastar milhares em operações militares com o Governo de Israel já existe dinheiro), ou com uma posição subserviente e ridícula como o Governo português que em comunicado pede um inquérito e "condena o uso excessivo de força contra alvos civis". Condena o uso excessivo de força contra alvos civis???? Os civis são alvo??? Existe uso de força contra civis que não seja excessivo??? Vergonhoso!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sócrates/ Passos Coelho - A dança do tango e as "tangas" para tirar a tanga aos portugueses

Já tinha sido anunciado, após a "dança do Tango" entre o par José Sócrates (PS) e Pedro Passos Coelho (PSD) e foi aprovado hoje, o plano de austeridade para Portugal e para os portugueses.
E o plano é ... mais do mesmo! Sacrifícios para os mesmos de sempre!
Bem pode Pedro Passos Coelho pedir desculpa aos portugueses! Mas depois do mal feito o pedido de desculpas apenas mostra a hipocrisia o cinismo e a falsa moral que o caracteriza.
O aumento de 1% de impostos sobre o trabalho e sobre o consumo não têm o objectivo de resolver nenhum problema do país! Até porque não é necessário saber nada de economia, basta saber fazer contas, para perceber que, se aumenta o IVA em 1% sobre a venda de bens e se aumenta 1% o IRS, fazendo na prática reduzir os salários, então o consumo diminuirá o que leva a uma necessidade de redução da produção que leva ao aumento de desemprego que leva à recessão da economia.
Dizem, Sócrates e Passos Coelho, acompanhados em coro por comentadores que nunca se auto-questionam e apenas repetem como papagaios o que ouviram dizer: que os mercados internacionais nos exigem essas medidas. Mas quem são os mercados internacionais??? São pessoas??? Falam??? Têm estômago para alimentar??? Têm filhos para criar??? Ou os mercados internacionais não são mais do locais onde os especuladores sem escrúpulos especulam sobre todo aquilo de que se lembram??? Especuladores esses que vêm depois dizer: aumentem os impostos (impostos que eles não pagam porque fogem com o seu dinheiro para off-shores), baixem os salários (salários de que eles não precisam para viver porque vivem do dinheiro que fazem com especulações) e reduzam o défice com esse dinheiro que poupam (ou seja paguem-nos o que vos emprestámos com juros mais altos que decidimos aumentar porque queremos mais uns quantos milhões, e se tomarem essas medidas conseguem dar-nos esses milhões ou seja tirem aos pobres e deêm-nos a nós ricos).
E Sócrates e Passos Coelho fazem o que lhes mandam, dançam o tango, conta-nos umas "tangas" e tentam arrancar a tanga aos que já mais nada lhes resta!
Saberão estes senhores o que é ter de viver com 475 euro por mês, ou mesmo 500? Sabem quanto é uma renda de casa? Alguma vez se dão ao trabalho de pensar e fazer um pouco de contas, não de macro-economia, mas de economia familiar? Imaginam o que é um casal com 1000 euros de rendimento que paga rendas próximas dos 500 com dois filhos a dividir 500 euro por 4? pouco mais de cem euro para alimentar, vestir, pagar escolas e colégios, água, luz e telefone? Farão ideia de que estas pessoas já não têm onde cortar e ainda lhes propõem tirar mais 1% no rendimento???
Não acham que já chega!!! Porque não tiram aos bancos??? Que medidas tomaram face aos bancos terem aumentado os seus lucros e terem pago menos imposto??? Nenhuma!!!! Nem querem tomar que não é para isso que lá estão! Querem é alterar ainda para pior a distribuição da riqueza, tirar todos os centimos que possam a quem tem de sobreviver com 4 ou 5 euro por dia para aqueles que fazem milhões de lucro por hora ainda possam fazer mais.
Já chega de pouca vergonha, já chega de roubo, já chega de imoralidade na distribuição da riqueza.
As vitimas da fome acabarão por se erguer...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

América Quimicamente Fascista

"(...) Aparentemente passo o teste com distinção, porque me dizem que agora só tenho é que me apresentar num consultório médico no dia seguinte para fazer um exame à urina. Parece ser regra geral: quem quer empilhar pacotes de Cheerios ou aspirar quartos de hotel na América quimicamente fascista tem de se dispor a fazer chichi em frente a uma trabalhadora da saúde (que sem dúvida, teve ela própria de fazer o mesmo). (...)"
Excerto de "Salário de Pobreza - Como (não) sobreviver na América" de Barbara Ehrenreich

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Cálice"

"Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...(2x)

Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue...

Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cálice!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cálice!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cálice!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cálice!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cálice!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cálice!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cálice!)
Me embriagar
Até que alguém me esqueça
(Cálice!)"

Chico Buarque e Gilberto Gil (composição) com participação de Milton Nascimento

sábado, 8 de maio de 2010

"Quando a gente Ama"

"Quem vai dizer ao coração,
Que a paixão não é loucura
Mesmo que pareça
Insano acreditar

Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar

Meu amor,a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar

Quando a gente ama,
Simplesmente ama
É impossível explicar
Quando a gente ama
Simplesmente ama!"

Oswaldo Montenegro

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Os Empresários e a dívida pública - Vomitos de opulência

O Presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), José António Barros, defendeu ontem segundo notícia veiculada pelo Global Notícias, que o subsidío de Natal e de Férias deveria, pelo menos em parte, ser pago sob a forma de títulos da dívida pública.
Segundo o senhor porque o problema nacional é o excesso de consumo???? E segundo o senhor, como somos uns gastadores, só poupamos metade do que poupam os espanhóis! Como tal, o senhor e a associação a que preside quer ensinar o povo a poupar!
Não diz, o senhor empresário, que os salários que os empresários pagam ao povo, são metade do que se paga em Espanha (talvez venha daí o pouparmos metade do que poupam os espanhóis).
Não diz o senhor empresário que a dívida pública não foi o povo que o contraiu, mas sim é o resultado do desmando dos empresários.
Não propõem o senhor empresário que as grandes empresas abdiquem dos seus lucros de milhões e contraiam títulos da dívida!
E acrescenta com um tom clerical " se for explicado, as pessoas vão entender que ninguém lhes tirou um tostão, porque a dívida pública é dívida soberana, garantida, e ainda por cima têm um rendimento"
Não diz, nem quer saber, que uma parte significativa do povo, precisa desse dinheiro para comprar pão. Não diz e nem quer saber que os títulos da divida não alimentam estômagos vazios. E não diz, porque quer que seja o povo a pagar o desastre do que ele e os seus consócios têm causado ao país, nem que para isso passem fome, mas isso não lhe interessa.
Vomita as soluções que melhor lhe convêm para manter a sua grosseira opulência.