Dei-me ao trabalho de ler a carta de Domingos Lopes, que opurtunisticamente se demite do PCP em plena campanha eleitoral.
Sem fazer grandes comentários aos impropérios dirigidos ao PCP igualzinhos aos que, habitualmente, os grandes capitalistas dirigem. Frases feitas de chavões anti-comunistas primários sem grande argumentação.
Mas algumas notas sobre o conteúdo:
- Domingos Lopes chama de "Pseudo-revolucionário" ao PCP, o mesmo Domingos Lopes que diz ter deitado "mão de todos os pretextos para um adiamento na vã expectativa que algo acontecesse". Esta maravilhosa "postura revolucionária" de se ficar na expectativa que algo aconteça é de louvar!
- Domingos Lopes usa uma expressão (revolucionária?) criticando a votação de braço no ar para as eleições de "Cargos Directivos????". Estará a falar do PCP ou de uma qualquer multinacional que tenha Cargos Directivos?
- Foge-lhe a boca para a verdade quando diz na carta que "o último congresso do partido(...) confirma o que acabámos de dizer". Quem acabou de dizer? Domingos Lopes e mais quem? Ou será que se julga um ser plural?
Mas sobre o resto dos impropérios e contradições nem vale a pena falar, nem da parte em que sugere, nas entrelinhas, que a derrota das políticas do PS se faz com o PS, nem da parte em que fala que a economia deve estar ao serviço da comunidade (esta nova expressão retirada do ideário... não sei bem que ideário)
Mas para finalizar as considerações sobre a leitura que fiz, o que me chamou mais à atenção foi este senhor, que disse a um órgão de comunicação social que o PCP estava a promover e tinha na sua direcção um conjunto de pessoas com uma fraca cultura, conseguir escrever uma carta com tanta falha de acentuação. Palavras que deviam levar acento e não levam outras que não deviam levar e levam.
Mas eu sou inculto e portanto é a minha limitação em entender coisas escritas por pessoas cultas.
Uma coisa é certa eu na minha incultura não irei "perscrustar os contextos sociais" pelo simples facto que não sei o que é "perscrustar".
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