

sábado, 28 de novembro de 2009
"Eu gostaria de saber pintar" 7

quinta-feira, 26 de novembro de 2009
"Asimbonanga"
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela)
Laph'ekhona (In the place where he is)
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)
Oh the sea is cold and the sky is grey
Look across the Island into the Bay
We are all islands till comes the day
We cross the burning water
Asimbonanga (We have not seen him)
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela)
Laph'ekhona (In the place where he is)
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)
A seagull wings across the sea
Broken silence is what I dream
Who has the words to close the distance
Between you and me
Asimbonanga (We have not seen him)
Asimbonang' uMandela thina (We have not seen Mandela)
Laph'ekhona (In the place where he is)
Laph'ehleli khona (In the place where he is kept)
Steve Biko, Victoria Mxenge
Neil Aggett
Asimbonanga
Asimbonang 'umfowethu thina (we have not seen our brother)
Laph'ekhona (In the place where he is)
Laph'wafela khona (In the place where he died)
Hey wena (Hey you!)
Hey wena nawe (Hey you and you as well)
Siyofika nini la' siyakhona (When will we arrive at our destination)"
Jonnhy Clegg e Savuka
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Vítor Constâncio e as imorais declarações sobre salários

Convém lembra que o Sr. Governador está a falar de salários, dos trabalhadores, que precisam de trabalhar mais de 40 anos para ganhar o mesmo que o Sr. Governador ganha num ano (280 mil euro no ano de 2005). E com a distinta "lata" e falta de vergonha na bem cuidada cara (ou tromba numa linguagem mais popular) o Sr. Governador vai dizendo que para se ultrapassar a crise é preciso sacrifícios.
Mas, quem se julgará este Sr. para pedir sacrifícios a quem quer que seja?
Alguma vez na sua vida ele teve de os fazer?
Quem é este badameco para dizer a quem tem salários de 450 € para fazerem sacrifícios? Saberá Vítor Constâncio o que é receber o salário mínimo, ter de pagar rendas de casa maiores que o salário e ainda ter que comprar comida para os filhos?
Saberá Vítor Constâncio o que é chegar a meio do mês e verificar que o dinheiro já se acabou, que já a nenhuma loja do bairro se pode pedir fiado porque a dívida se amontoa?
Saberá Vítor Constâncio o que é ter de explicar a um filho porque os outros meninos podem ter uma playstation e a ele os pais nem um berlinde podem dar?
Saberá Vítor Constâncio o que é uma vida de duro trabalho para só se acumular dívidas?
Não sabe, não quer saber, não se importa desde que receba os 280 mil euro anuais o Sr. Governador continuará a fazer todos os favores a quem quer acumular lucros à custa de pagar salários de miséria!
Vítor Constâncio é exactamente uma espécie de "falso beato de sacristia", apela aos sacrifícios dos já sacrificados para ajudar, apoiar e facilitar a vida aos que já a têm facilitada. Mas Vítor Constâncio é da classe deles...
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Manuel Alegre e a Abertura-Fechada

E para demonstrar a sua "abertura" Manuel Alegre o poeta e membro do Partido Socialista qualifica as outras esquerdas que não a do PS de estarem "barricadas no socialismo cro-magnon"
Sem, entrar na analise do profundo e ignorante erro histórico de falar de socialismo no tempo do homem de Cro-Magnon, até porque Manuel Alegre não é ignorante, donde se supõe que se trata de um termo ofensivo.
Manuel Alegre é assim uma de pessoa com a abertura suficiente para ser capaz de ouvir opiniões iguais à sua! A abertura-fechada.
sábado, 21 de novembro de 2009
"Eu gostaria de saber pintar" 6

sexta-feira, 20 de novembro de 2009
"O Haver"
"Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
– Perdoai!eles não têm culpa de ter nascido...
Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo que existe.
Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.
Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história...
Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e do mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.
Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.
Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.
Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante
E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.
Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.
Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens."
Vinicius de Moraes
No Video participação de Edu Lobo
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Quanto mais vencedores, mais vencidos ficavam

Excerto de "Engrenagem" de Soeiro Pereira Gomes
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
O senhor é rancoroso

sábado, 14 de novembro de 2009
"Eu gostaria de saber pintar" 5

quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Simplesmente humano

quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Unidos pela mesma fome

Excerto de "Engrenagem" de Soeiro Pereira Gomes
domingo, 8 de novembro de 2009
"Fim"
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro."
Letra: Mário de Sá Carneiro
Música: Trovante
sábado, 7 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Caim, Deus e a Misericórdia

Excerto de "Caim" de José Saramago
terça-feira, 3 de novembro de 2009
"Lua e Flor"
"Eu amava
Como amava algum cantor
De qualquer clichê
De cabaré, de lua e flor...
E sonhava como a feia
Na vitrine
Como carta
Que se assina em vão...
Eu amava
Como amava um sonhador
Sem saber porquê
E amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia, amanhece não...
Eu amava
Como amava um pescador
Que se encanta mais
Com a rede que com o mar
Eu amava, como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar...
Eu amava
Como amava algum cantor
De qualquer clichê
De cabaré, de lua e flor...
Eu sonhava como a feia
Na vitrine
Como carta
Que se assina em vão...
Como amava um pescador
Que se encanta mais
Com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar..."
Oswaldo Montenegro
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Dia de todos os santos, Dia de todos os pobres
