Existe na sociedade uma estranha fauna de seres que se armam em defensores da moral e dos bons costumes, mas são sempre os primeiros a terem atitudes imorais e de muito mau costume, são popularmente conhecidos por falsos beatos de sacristia.
Esta introdução a propósito das já habituais, mas nem por isso menos imorais, declarações do Sr. Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, e membro do PS, a propósito dos aumentos salariais dos trabalhadores para o ano 2010. Diz o Sr. Governador que os aumentos para o ano 2010 se devem ficar pelos 1 a 1,5% e que na função pública deveriam ser ainda menores que isto, naturalmente "a bem da economia" do ponto de vista e dos interesses do Sr. Governador.
Convém lembra que o Sr. Governador está a falar de salários, dos trabalhadores, que precisam de trabalhar mais de 40 anos para ganhar o mesmo que o Sr. Governador ganha num ano (280 mil euro no ano de 2005). E com a distinta "lata" e falta de vergonha na bem cuidada cara (ou tromba numa linguagem mais popular) o Sr. Governador vai dizendo que para se ultrapassar a crise é preciso sacrifícios.
Mas, quem se julgará este Sr. para pedir sacrifícios a quem quer que seja?
Alguma vez na sua vida ele teve de os fazer?
Quem é este badameco para dizer a quem tem salários de 450 € para fazerem sacrifícios? Saberá Vítor Constâncio o que é receber o salário mínimo, ter de pagar rendas de casa maiores que o salário e ainda ter que comprar comida para os filhos?
Saberá Vítor Constâncio o que é chegar a meio do mês e verificar que o dinheiro já se acabou, que já a nenhuma loja do bairro se pode pedir fiado porque a dívida se amontoa?
Saberá Vítor Constâncio o que é ter de explicar a um filho porque os outros meninos podem ter uma playstation e a ele os pais nem um berlinde podem dar?
Saberá Vítor Constâncio o que é uma vida de duro trabalho para só se acumular dívidas?
Não sabe, não quer saber, não se importa desde que receba os 280 mil euro anuais o Sr. Governador continuará a fazer todos os favores a quem quer acumular lucros à custa de pagar salários de miséria!
Vítor Constâncio é exactamente uma espécie de "falso beato de sacristia", apela aos sacrifícios dos já sacrificados para ajudar, apoiar e facilitar a vida aos que já a têm facilitada. Mas Vítor Constâncio é da classe deles...
Convém lembra que o Sr. Governador está a falar de salários, dos trabalhadores, que precisam de trabalhar mais de 40 anos para ganhar o mesmo que o Sr. Governador ganha num ano (280 mil euro no ano de 2005). E com a distinta "lata" e falta de vergonha na bem cuidada cara (ou tromba numa linguagem mais popular) o Sr. Governador vai dizendo que para se ultrapassar a crise é preciso sacrifícios.
Mas, quem se julgará este Sr. para pedir sacrifícios a quem quer que seja?
Alguma vez na sua vida ele teve de os fazer?
Quem é este badameco para dizer a quem tem salários de 450 € para fazerem sacrifícios? Saberá Vítor Constâncio o que é receber o salário mínimo, ter de pagar rendas de casa maiores que o salário e ainda ter que comprar comida para os filhos?
Saberá Vítor Constâncio o que é chegar a meio do mês e verificar que o dinheiro já se acabou, que já a nenhuma loja do bairro se pode pedir fiado porque a dívida se amontoa?
Saberá Vítor Constâncio o que é ter de explicar a um filho porque os outros meninos podem ter uma playstation e a ele os pais nem um berlinde podem dar?
Saberá Vítor Constâncio o que é uma vida de duro trabalho para só se acumular dívidas?
Não sabe, não quer saber, não se importa desde que receba os 280 mil euro anuais o Sr. Governador continuará a fazer todos os favores a quem quer acumular lucros à custa de pagar salários de miséria!
Vítor Constâncio é exactamente uma espécie de "falso beato de sacristia", apela aos sacrifícios dos já sacrificados para ajudar, apoiar e facilitar a vida aos que já a têm facilitada. Mas Vítor Constâncio é da classe deles...
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