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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Francisco Van Zeller e os seus vómitos sobre o Salário Mínimo Nacional

Francisco Van Zeller, o Presidente da CIP, patrão dos patrões, continua como sempre a justificar em nome de todas as crises e de todos os bens maiores da economia, (a dele, obviamente), a necessidade (dele e dos restantes patrões) de não aumentar o salário mínimo! Nada de novo! A novidade talvez seja não o que vanzeller quer, mas a forma como o afirma!!!
Ontem à saída do palácio de São bento onde foi recebido por José Sócrates, o Sr. Van Zeller disse que temos de escolher entre aumentos dos salários ou o desemprego. Esta frase é a habitual em Van Zeller a chantagem que é o único método que esta pessoa sabe usar!
Mas Van Zeller o patrão preocupado diz mais: " não são os 25 euro de aumento que resolvem as situações de miséria dos trabalhadores que recebem o salário mínimo" - Cá está a nova maravilhosa teoria e argumentação do Sr. Van Zeller: como 25€ não chega para resolver os problemas de miséria dos trabalhadores, então não se dá aumento! Resolve-se os problemas de ganância de tio patinhas de Van Zeller e os seus acólitos!
Mas como não chegava o que disse ainda acrescentou que se fosse ele a ter o salário mínimo "não pediria só 25 euro de aumento porque 25 euro não é nada, pediria muito mais". Não disse mas pensou: "como não sou trabalhador e sou patrão estou-me borrifando e nem o nada de 25 euro lhes dou de aumento!
Francisco Van Zeller é assim! Um ser repugnante que passa os dias a vomitar opulência e desprezo pelas dificulades daqueles a quem ele explora até ao tutano para poder continuar a vomitar opulência e em cada vez maiores quantidades.

3 comentários:

Nelson Ricardo disse...

É o estado a que chegámos, em que o líder da burguesia insulta os trabalhadores e entre os jornalistas "imparciais" e os políticos eleitos há até quem o aplauda.

eduricardo disse...

Palavras de Francisco Van Zeller, mais conhecido como o patrão dos patrões, a propósito de concursos públicos:
"É necessário que haja uma forma de beneficiar as empresas portuguesas e que os próprios projectos sejam escolhidos em função da capacidade das empresas portuguesas" (...) "logo no concurso, haja uma maneira que as empresas nacionais sejam beneficiadas".
Onde ficam a fidelidade à Europa, os valores do mercado, a conversa da livre iniciativa e a constante ladainha de "menos estado melhor estado"?
Mas há mais:
"Não podemos é estar a olhar para essa brincadeira de sermos uns limpinhos que cumprimos todas as regras. Isso acabou"(...) "E se tivermos de fazer batota para safarmos a nossa economia, pois que façamos batota".
Ora cá temos mais um sujinho e batoteiro.
Este confessa e, nisso, temos de lhe reconhecer alguma originalidade.

Dylan disse...

As palavras do Eng. Van Zeller, Presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, de que "os salários baixos são necessários para 25% das nossas exportações", opondo-se veementemente ao aumento do salário mínimo, é de quem fala de barriga cheia, pois não se encontra entre aqueles 300 000 trabalhadores que auferem 450 euros mensais.

O senhor saberá que a maior parte dos patrões portugueses tem uma baixa escolaridade aliada a uma ainda pior qualificação profissional? Não será isto o verdadeiro entrave ao desenvolvimento empresarial do mundo moderno e às consequentes exportações que tanto apregoa? No país dos patrões e dos doutores, é bom relembrar que o mero trabalhador é o dínamo de qualquer empresa, e também por isso, deve ser condignamente pago e motivado.

Travestido de "quadro superior", o patrão português almeja ser um empresário de sucesso - com um ar sério e a característica gravata da moda -, mas o que melhor consegue fazer é aumentar o fosso entre os salários dos trabalhadores e os de topo. Resquícios do Estado Novo onde faltam-lhes destreza, criatividade, inovação, e fundamentalmente, empatia.

http://dylans.blogs.sapo.pt/