
Começa no que se poderá chamar de título, supostamente, uma citação de Jerónimo de Sousa, mas só supostamente, porque o que Jerónimo disse, como no texto da entrevista se pode ler, foi: "O aumento do salário mínimo seria acompanhado pelo abaixamento dos custos da energia". Não a frase que lhe foi atribuída pela Jornalista, meia sem sentido e de um português no mínimo mal elaborado: "Subida do salário mínimo seria com redução no preço da energia".
Depois continuam os disparates e o jornalismo tendencioso e manipulador quando no sub-título, Helena Garrido, escreve: "Jerónimo de Sousa defende uma política económica de ruptura. A aposta na produção nacional passa pela subida do salário mínimo nacional, descida do preço da energia e facilidade no acesso ao crédito. Com nacionalizações" - Se é Jerónimo quem defende a aposta na produção nacional então falta o "que" antes do "passa"... A não ser que seja a jornalista que defende! E depois o "Com nacionalizações" no final deste texto só se percebe se a jornalista estiver a querer dar a ideia, errada e manipuladora, a quem lê, de que Jerónimo defende a nacionalização de micro e pequenas empresas, o que ele não diz em nenhum lado da entrevista.
As manipulações continuam nas perguntas realizadas pela Jornalista. Perante a proposta de baixar os preços da energia, colocada por Jerónimo de Sousa, vem a pergunta de um "jornalismo de negócios": "Como é que se consegue reduzir a factura da energia se neste momento o preço que se pratica é já inferior aos custos de produção da energia?" - Os membros dos Conselhos de Administração destas empresas ficaram naturalmente satisfeitos com Helena Garrido!
Ao que Jerónimo responde algo que deve ter abalado a Helena Garrido, "Jornalista dos negócios": "Acerte a afiirmação com um facto: Durante a legislatura de José Sócrates essas três empresas de energia - Galp, EDP e REN - tiveram qualquer coisa como 7.120 milhões de euros de lucro."
Ao que Jerónimo responde algo que deve ter abalado a Helena Garrido, "Jornalista dos negócios": "Acerte a afiirmação com um facto: Durante a legislatura de José Sócrates essas três empresas de energia - Galp, EDP e REN - tiveram qualquer coisa como 7.120 milhões de euros de lucro."
Nesta altura como o objectivo não resultou a jornalista muda a estratégia e então o problema deixa de ser o facto de o preço estar abaixo do custo de produção e passa a ser a concorrência internacional, afirma em jeito, transviado, de pergunta:" Estas empresas concorrem a nível internacional. Que efeito é que essas medidas poderiam ter no valor dessas empresas e no acesso ao financiamento para fazerem investimentos de modernização?"
Pergunta manipuladora, que Jerónimo desmonta com: " Em relação a esses investimentos verifica-se que a Galp, por exemplo, comprometeu-se a investir na área do petróleo e não o fez."
Mas o melhor, e mais revelador do jornalismo manipulador desta pseudo-jornalista é quando pergunta: "Tem consciência de que se o PCP ganhasse as eleições a bolsa caia, as taxas de juro cobradas pela banca internacional aumentavam?" Com este espumar anti-comunista pré histórico que nem um australopiteco seria capaz a jornalista revela tudo.
Ela deseja que, se o PCP ganhar as eleições, se dê o colapso da bolsa, venha a vingança da banca internacional e até possivelmente, quem sabe, se dê o Apocalipse!
1 comentário:
Todos nós sabemos que os capitalistas e os senhores do grande capital são capzes de tudo para atingir objectivos. E não é por acaso que detem praticamente todos orgãos de comunicação social, pelo que teem todas as condições para deter em seu poder a opinião dominante e capaz de exercer essa posição sobre qualquer opinião existente.A opinião de Jerónimo de Sousa é profundamente incómoda e tão incómoda que neste momento o Jornal de negócios se sente na obrigação de ensaiar uma campanha de manipulação de deturpação da opinião.Para isto nada melhor do que uma jornalista má profissional e ignorante e de certeza profissional dependente para cumprir o papel sujo como este.mas ficou mesmo em evidência que foi profissionalmente péssimo pela impreparação da jornalista.mas uma coisa ficou em evidência é que a opinião de jerónimo de Sousa é cada vez mais importante, e PCP se coloca de facto copmo força alternativa e com propostas alternativas para o País.
Enviar um comentário