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terça-feira, 4 de agosto de 2009

O pluralismo do Público e de José Manuel Fernandes

A propósito da directiva da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), sobre a participação de candidatos a eleições em debates, entrevistas, comentários e outros espaços de opinião nos órgãos de comunicação social, José Manuel Fernandes, director do Jornal "Público" , decidiu discorrer no seu editorial de hoje sobre o assunto. José Manuel Fernandes indignou-se por a directiva, da ERC, fazer a sugestão da suspensão da participação ou colaboração "durante o período eleitoral de todos os comentadores, analistas, colunistas ou outra forma equivalente e regular em espaços de opinião" que sejam candidatos.
Na argumentação de José Manuel Fernandes: "tudo está errado nos raciocínios e conclusões da ERC". Isto porque o José não acha que está errado, o José sabe que está errado, afinal é o José quem define o que está certo e errado!
José diz que "o ponto de partida da ERC" é "o de que, nos períodos eleitorais, há um princípio geral de igualdade de oportunidades de acção e propaganda das candidaturas" e até acrescenta: "o que é verdade" (fica-me aqui a dúvida, então o Josézito não dizia que "tudo está errado no raciocínio e conclusões da ERC?? então em que ficamos? está errado ou é verdade?). Mas,(há sempre um mas nas verdades de José Manuel Fernandes), "(...) o princípio da igualdade de oportunidades não se resolve impondo métricas nem (...) expulsando dos espaços de opinião os que lá estão." (então como se resolve Josézito?) "Até porque os espaços de opinião são espaços de opinião que não obedecem às mesmas regras dos espaços de notícia" Ora cá está!!! Afinal o que o Josézito quer é ter espaços onde não tenha de respeitar"o princípio geral de igualdade de oportunidades de acção e propaganda das candidaturas"... O tal espaço que, segundo José Manuel Fernandes (o Josézito), "não obedecem às mesmas regras" mas como a ERC sugere que obedeçam e o Josézito irritou-se.
Isto porque o José Manuel Fernandes (Josézito) garante que "é a liberdade de imprensa que assegura o pluralismo (...) e é utilizando critérios jornalísticos que é possível dar aos eleitores (...) o mais relevante da campanha eleitoral." Quais critérios jornalísticos? O josézito responde dando exemplo: "houve pequenos partidos e pequenos candidatos que, graças à sensibilidade dos jornalistas, mereceram a atenção que lhes era devida e que, (...), correspondeu a votações mais elevadas do que certos "assinantes" de todas as campanhas eleitorais". Esta pérola do José Manuel Fernandes (o Josézito) diz tudo... Os critérios jornalísticos são a sensibilidade dos jornalistas que deram a atenção aos candidatos que a sua sensibilidade lhes dizia que eles mereciam e tudo foi premiado com boas votações. Aqui está o pluralismo: o José Manuel Fernandes define o que é certo e errado, a sua sensibilidade do certo e errado diz-lhe quem são os candidatos e partidos que merecem a atenção, e ele dá-lhes a atenção promovendo-os para que eles tenham boas votações! Por isso fica irritado com a directiva da ERC que quer acabar com este regabofe do Sr. José Manuel Fernandes e outros que tais!
Termina o editorial dizendo "na próxima campanha eleitoral para a assembleia da República com poderes constituintes, devia estar sobre a mesa uma proposta de extinção daquele organismo espúrio." Isto porque José Manuel Fernandes quer ser o único detentor do espúrio... o jornalismo espúrio que pratica e promove!

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